PREVIDÊNCIA X ESTADOS Que o País passa por uma grave crise fiscal, não é nenhuma novidade, e diversos são os pilares que potencializam isso, como os juros da dívida pública; transferências a estados e municípios; assistência social; saúde; educação; enfim, são diversas contribuições que oneram ainda mais as contas do governo. Dentro desses pilares, a Previdência Social aparece como uma das protagonistas desse caos fiscal, ocupando os holofotes políticos e sociais por conta do trâmite da sua reforma. A grande questão é que os Estados e Municípios estão de fora dessa tentativa de equalização fiscal baseada na previdência e os seus respectivos rombos previdenciários saltaram de R$ 60,9 Bi em 2015, para quase R$ 145 Bi agora em 2019, deixando o futuro de contribuintes e servidores cada vez mais incerto. É de assustar o romantismo e o populismo de alguns dos governadores dos estados que mais sofrem com a baixa arrecadação e com o crescimento exponencial do gargalo previdenciário. Enquanto outrora potências e referência econômicas como o Rio de Janeiro e Minas Gerais precisam parcelar em tantas vezes o décimo terceiro salário de 2018 dos servidores, trafegam bem acima do limite máximo da LRF quando se fala em pagamento de folha salarial X arrecadação.