Fui Paraninfo de várias Turmas/Unopar

sexta-feira, 23 de agosto de 2019



Um projeto de culturas perenes transcende os limites dos órgãos governamentais e das entidades não governamentais, há que se fazer um enorme esforço conjunto, bem integrado, para a realização deste objetivo.

As culturas perenes, no Brasil, comparadas com a produção de cereais e leguminosas está em fase embrionária.

Proposta inicial:

Por que as culturas perenes?

Cada vez mais a agricultura em pequenas e médias propriedades, que é o caso dos terrenos de plantio seco, depende, e tem como a grande alternativa o cooperativismo, muito incentivado pelo nosso governo.

As cooperativas têm que ter, como objetivo, garantir que seus cooperados obtenham seu sustento, assistência médica e aposentadoria com seu trabalho na sua atividade que é a agricultura.

Neste contexto, as culturas perenes são as culturas que mais marcam pontos no seu papel social de oportunizar o sustento do agricultor e sua aposentadoria, devido a sua longa vida útil de, aproximadamente, 200 anos de vida produtiva.

Também, cada vez mais, a humanidade está diversificando sua alimentação.

Na pré-história, os seres humanos consumiam ao redor de duzentos alimentos diferentes, pois eram apenas caçadores coletores. Com o advento da agricultura, por milhares de anos, movida por força animal e braçal, se focou nas culturas mais produtivas e de fácil armazenamento, que são os cereais. Nos últimos séculos, consumimos ao redor de vinte alimentos diferentes e 75% da massa alimentar é constituída de carboidratos de cereais. Hoje, estamos deixando a era da sobrevivência e entrando na era do desenvolvimento que exige que se garanta uma vida digna e, por conseguinte, mais saudável para todos. Neste ambiente, a diversificação alimentar com a fruticultura é fundamental para obtermos uma vida mais saudável e prazerosa através da infinidade de nutrientes e sabores que as frutas nos disponibilizam.

Além deste panorama, a fruticultura de pomar, sendo observada economicamente, permite várias culturas concomitantes, como, por exemplo, apicultura, fruticultura rasteira, horticultura, raízes, criação de pequenos animais, etc.

A fruticultura é um dos negócios de menor burocracia.

Dentre as culturas perenes se destaca a das nozes, amêndoas e castanhas, pois, além da vida produtiva das nogueiras ultrapassar mais de duzentos anos, os frutos também podem ser armazenados de uma safra para outra sem grandes investimentos. Isto permite, inclusive, a fácil comercialização na entre safra, ao contrário de outras frutas que requerem cuidados especiais de resfriamento e que nas condições ambientais podem ser consumidas em prazos máximos de quinze dias aproximadamente.

Detalhes da estrutura necessária:

O governo tem que liderar um processo de implantação de fruticultura em larga escala.

Panorama mundial dos maiores produtores frutícolas:

1º CHINA – 190 milhões de toneladas

2º INDIA – 86 milhões de toneladas

3º BRASIL – 52 milhões de toneladas

Panorama brasileiro:

1º São Paulo – 14 milhões de toneladas

2º Bahia – 800 mil toneladas

3º Sergipe – 750 mil toneladas

4º Minas Gerais – 570 mil toneladas

5º Paraná – 400 mil toneladas

6º Rio Grande do Sul – 330 mil toneladas

Cada cidade deve elaborar seu plano de produção frutícola. Para tal, temos que montar um plano estratégico nas diversas fases do processo, citadas abaixo.

1) Planilha de levantamento das propriedades rurais.

2) Planilha e mapeamento da produção atual.

3) Criação de tabela de critérios para definição das culturas:

Critérios: Condições ambientais, mercado, industrialização, durabilidade após a colheita, rusticidade x delicadeza, logística, capacidade nutricional, aceitação pelo sabor, facilidade na obtenção de mudas, manuseio, rentabilidade, custo de implantação, custo de manutenção, etc.

4) Projetos de definição das culturas por dimensão das propriedades.

5) Projeto de implantação tecnológica e de maquinário.

6) Projeto de produção de mudas.

7) Projeto de logística das diversas fases.

8) Projeto de desenvolvimento de mão de obra.

9) Projeto de industrialização nas diversas possibilidades, polpa, suco, destilados, passas, cristalização, fermentados, molhos, compotas, doces, caldas, sorvetes, iogurtes, in natura, óleos, adubos, cosméticos, etc.

10) Projeto de abordagem mercadológica: vendas e marketing

Vendas: Varejo, mercados, Ceasa, exportação, internet, forças armadas, escolas, hospitais, cooperativas, indústrias, condomínios, penitenciárias, etc.

Marketing:

Site de internet para divulgação da produção, feiras, quiosques temporários em shoppings

11) Projeto de turismo rural.

12) Projeto de integração das diversas entidades, prefeitura, câmara de vereadores, sindicatos, escolas, cooperativas, institutos de desenvolvimento tecnológico, governos, municipal, estadual e federal.

13) Projeto de contingências.

14) Projeto de integração da população urbana com a cultura, através do plantio de frutíferas nas ruas e terrenos.

Projeção de produção de nozes, amêndoas e castanhas no Brasil:

NOZES, AMÊNDOAS E CASTANHAS

210 milhões de hectares de plantio a seco.

21 bilhões de mudas com espaçamento 10x10m.

210 milhões de toneladas de frutas (Ultrapassando a China)

Com um preço previsto, ao produtor, de R$ 40,00 por kg, descascadas.

Cada cidade deverá construir um projeto de um hectare (100 árvores) por habitante. As cidades que não possuírem área suficiente, deverão conveniar-se e investir nas que possuem. Isto criará empregos, desafogando os grandes centros, concentradores de desemprego.

Ao consumidor, o preço é de R$ 120,00, tanto no mercado nacional, quanto no internacional.

As castanheiras, nogueiras e amendoeiras tem um prazo de carência, para início da produção de aproximadamente 10 anos. Neste período, deverão ser trabalhadas outras culturas, principalmente às já existentes.

Benefícios:

Oito trilhões de reais de lucro anual na soma dos produtores do país.

20 milhões de empregos diretos e indiretos.

Obs. 90% das nozes e amêndoas consumidas no país são importadas. Há uma enorme demanda deste produto tanto no mercado interno quanto internacionalmente.

Estes números apresentam um quadro de grande melhoria social e econômica para o país.

Em termos de infraestrutura para a área rural, pavimentação de estradas, energia e internet nas propriedades auxiliarão, sobre maneira, a fixação do agricultor no campo.

Na área urbana, a criação de novos empregos, em larga escala, diminuirá a tensão social, a qualidade de vida do trabalhador que não necessitará se deslocar para outras cidades e também fornecerá alimentos de melhor qualidade com menor custo.

Mensagem da proposta: “EM ALGUM MOMENTO, ALGUÉM TERÁ QUE COMEÇAR.”

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