Fui Paraninfo de várias Turmas/Unopar

quinta-feira, 25 de maio de 2017



É triste acreditar que em pleno século XXI ainda existam empresas que utilizam um modelo de gestão arcaico e ultrapassado. Gestores com grande conhecimento técnico, porém sem visão alguma de liderança e de ferramentas de gestão. Pessoas que mal dominam o uso do e-mail, que não sabem o que é um plano de ação ou ainda, não possuem o mínimo de conhecimento de informática, sendo incapazes de elaborar uma planilha ou apresentação em power point para ilustrar uma ideia ou projeto.
Como pode ainda existir empresas de médio e grande porte tomando decisões às escuras, baseando-se em boatos e fofocas. É inacreditável, mas ainda existem organizações que, aos invés de estruturar uma área de auditoria interna, optam por contratar pessoas e infiltrá-las nos setores com o objetivo de vigiar e tentar derrubar aqueles que desenvolvem um bom trabalho. Sim, infelizmente ainda existem organizações onde esse sistema medíocre de trabalho e essa mentalidade obsoleta são predominantes.
Empresas que se iludem, acreditando que estão fazendo economia quando deixam de investir no capital humano e que por outro lado, abrem a torneira do desperdício ao pagar salários altíssimos a profissionais desqualificados, seja pela falta de escolaridade ou pela falta de caráter. Sistemas assim, massacram profissionais competentes e proativos. Ou estes são eliminados, por terem uma visão evoluída, ou acabam saindo por não tolerar tamanha desordem.
Lugares onde perde-se tempo com reuniões semanais improdutivas, para tratar geralmente dos mesmos problemas, que poderiam ter sido evitados se houvesse o mínimo de senso de planejamento.
Mediante às cobranças, e devido à falta de qualificação, gestores despendem grande dose de energia preparando defesas, procurando desculpas, simulando situações e, por que não dizer, procurando manter-se constantemente ocupados para não terem que assumir novas tarefas, novos desafios, apresentando, como consequência, baixa produtividade e qualidade em seus trabalhos, resultados aquém das expectativas.
Ainda há quem administra uma empresa como se estivesse na Idade da Pedra, principalmente quando se trata de dar ordens, tomar decisões, planejar, comunicar ou estabelecer padrões de processos ou de comportamento.
Ainda existem empresas resistindo às mudanças, ignorando a nova ordem das relações interpessoais nos ambientes de trabalho e dando de ombros às vantagens de se trabalhar em ambientes cujo clima interno favoreça e incentive o comprometimento do colaborador e o seu engajamento com os objetivos, metas e estratégias do negócio.
São nestes ambientes negativos que atuam os chamados gestores da Idade da Pedra, que ainda não entenderam que o modelo de gestão de pessoas mudou e que eles deveriam acompanhar essa evolução.
Modelos ultrapassados estão sendo substituídos pelo novo estilo de liderança em que as pessoas se sentem inspiradas e motivadas a trabalhar de forma mais produtiva e integradas aos objetivos da empresa. O “pulo do gato” é a evolução. Adotar um novo modelo em que o líder exerce um efetivo e valioso papel de servidor, orientador, e, principalmente, se torna o responsável pela criação de um ambiente organizacional favorável.
Um dos desafios mais prementes para os gestores da Idade da Pedra é o de evoluir para gestores do Século XXI, assumindo o seu papel de líder e a responsabilidade de promover as mudanças necessárias nos ambientes internos organizacionais. Resgatar o brilho nos olhos dos colaboradores e fazer com que estes mergulhem de corpo e alma no seu trabalho, entregando-se aos desafios diários, como se a organização em que trabalha fosse sua, agindo como verdadeiros intraempreendedores do negócio.
E o curioso é que até mesmo a Idade da Pedra passou por uma evolução, dividindo-se em Paleolítico, ou Idade da Pedra Lascada, e Neolítico, conhecido também como Idade da Pedra Polida.
Portanto, fica a dica para os gestores: “Se não evoluirmos para um sistema de gestão mais polido, estaremos todos literalmente “lascados”.
Atualmente Precisando de Recolocação.
Sou Especialista em Administração e Marketing.
Professor Universitário.

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